28.1.09

Biochar – Agrochar – Terra Preta

Depois de escrever o último post onde falava sobre formas de retroceder no aquecimento global soube de uma nova forma de o conseguir. Talvez a mais espantosa das três.

Refiro-me À produção de Terra Preta atráves da Pirolise de biomassa.

Biomassa define quaisquer resíduos orgânico, sejam provenientes da agricultura, pecuária, serrações, etc..

A pirólise é um método de combustão sem oxigénio. O facto de não se utilizar oxigénio faz com que este processo não produza CO2, que é o grande culpado do aquecimento global. Este processo tem ainda um efeito secundário que é o de produzir muita energia. Embora o objectivo desta pirólise seja produzir a terra preta, uma matéria mais valiosa que o petróleo, este processo produz mais energia do que consome (salvo seja).

Após este processo o resultado é uma concentração enorme de carbono. Para retirarmos o carbono do ar (do CO2), basta colocá-lo no solo de forma a equilibrar o que retiramos em petróleo.

Mas o que este processo tem de surpreendente é as características e história desse produto final.

Curiosamente, o nome original deste produto é em português.
O nome Terra Preta vem da Amazónia e é a grande característica que torna essa a maior e mais densa floresta do mundo.
Naturalmente, o solo mais rico em carbono é também o mais fértil, pois o carbono é a base de toda a matéria orgânica. Ou seja, a Terra Preta é o fertilizante mais poderoso existente tornando-se muito útil para acabar com a fome no mundo, ou para promover o desenvolvimento dos países mais pobres.

Resumindo, pegamos em resíduos, queimamos produzindo energia, retiramos Carbono do ciclo reduzindo o aquecimento global e no final ficamos com o melhor fertilizante do mundo.

Este processo já existe e já é utilizado, mas ainda não é feito em grande escala. Contudo, a dualidade de usar resíduos orgânicos e contribuir para o desenvolvimento da agricultura, poderá tornar esta técnica numa tendência.

26.1.09

Inverter o Aquecimento Global

Inverter o aquecimento global parece à primeira vista impossível porque mesmo que parássemos com as emissões de dióxido de carbono provenientes do petróleo, a quantidade de CO2 não diminuía. Simplesmente parava de aumentar. E mesmo isso talvez não.

Mas como seria de esperar existem esforços no sentido de encontrar uma forma de conseguir retirar o CO2 da atmosfera anulando o aquecimento global e todas as suas consequências.

Desses esforços existem 2 que merecem especial atenção. Um de elevada probabilidade de sucesso, mas com um potencial não muito elevado elevado e outra com um potencial estrondoso, mas de probabilidade de sucesso mais baixa.

A primeira está a ser tentada em Portugal. Um laboratório do MIT descobriu uma forma de produzir biodiesel através das algas de esgoto. Na verdadetodas as algas de esgoto produzem biodiesel, mas em pequenas quantidades. O pormenor fantástico é que a forma de as levar a produzir mais biodiesel é através da adição de CO2.
São duas vitórias numa só tecnologia. Por um lado, retira-se CO2 do ar e por outro temos um combustível que não contribui para o aquecimento global. As algas como todas as plantas e animais são formas de vida baseadas em carbono, portanto retêm em si o carbono. A diferença é que estas algas têm uma elevada densidade de carbono.

A segunda possibilidade é tão fantástica que chega a parecer ficção científica, contudo está a ser tentada numa cooperação dos governos da Índia e da Alemanha.
Como expliquei antes, as plantas são um ponto de retenção de carbono fantástico, sendo que a fotossíntese consiste exactamente em pegar no CO2, reter o carbono e libertar O2. O carbono passa então a fazer parte da planta.
Mas ao contrário do que se possa pensar a maioria das plantas, não vive na superfície terrestre, mas sim no fundo do mar. Aliás, a deterioração do nosso ecossistema é muito mais visível nos oceanos do que na superfície terrestre. O nível de acidez tem feito com que a fauna sub-aquática desapareça libertando ainda mais CO2 para os mares e para a atmosfera.

Mas supostamente é possível estimular a reprodução das plantas marinhas espalhando ferro pelos oceanos. Segundo os defensores desta possibilidade, espalhando este elemento químico na água este estimulará o desenvolvimento das plantas de forma estrondosa.
A relação apresentada é de uma só tonelada de ferro para retirar várias toneladas de carbono da Atmosfera.
Já há alguns anos que esta teoria é apresentada, mas era vista como um pouco rebuscada. Mas aparentemente, a possibilidade de ela estar certa é suficiente para se tentar.

Se alguma destas técnicas terá um sucesso estrondoso, ainda é muito cedo para dizer. Mas para além da possibilidade de sucesso são sinais fortes de que a forma de se pensar o ambiente e a energia estão a mudar drasticamente.

21.1.09

"Provavelmente não há deus. Pare já de se preocupar e goze a sua vida."

Um sinal peculiar dos tempos "modernos", enquanto que muitos extremismos religiosos intensificam a sua agressividade surge um evento curioso em Londres: uma campanha Ateia !

Vejam o comentário no Jornal de Negócios: "A campanha ateia em autocarros ingleses deu que falar. Não é habitual que os desprovidos de crença religiosa decidam expandir a sua verdade e muito menos em anúncios pagos. Os reclames da Atheist Bus Campaign no exterior dos autocarros dizem apenas "Provavelmente não há deus. Pare já de se preocupar e goze a sua vida." "

Recentemente li que um motorista de autocarro recusou-se a trabalhar argumentando que a mensagem ofendia a sua fé.

Será que se a mensagem fosse inversa (religiosa) um ateu recusaria conduzir o autocarro?

Há uma certa agressividade na mensagem (mitigada pelo "provavelmente").

Por outro lado fiquei a divagar no que tudo isto pode indicar em termos sociais e por se tratar de uma resposta a campanhas religiosas em UK ...

Alguém conhece algum fenómeno similar noutras partes do mundo e/ou no passado?

15.1.09

Revolução à vista na electrónica


Cientistas sul-coreanos criaram uma técnica de produção de grafeno, um novo material que vai mudar a forma das máquinas do mundo da electrónica

Nova técnica abre caminho para futuros computadores maleáveis, transparentes e ultrafinos

Cientistas sul-coreanos desenvolveram um novo método para produzir eléctrodos transparentes e elásticos. Esta descoberta, divulgada ontem através da revista Nature, pode ter largas implicações no fabrico de equipamento electrónico flexível e de computadores maleáveis ou aplicáveis numa superfície plástica ou até na própria roupa dos consumidores, como pode ser visto nas imagens de possíveis futuras aplicações.

ver aqui

9.1.09

Photos: Barclays bank of the future

Quem for a Londres por estes dias não deixe de visitar uma nova atracção turística: a agência do Barclays - London's Piccadilly Circus.

Vejam as fotos e comentários, vale a pena!

6.1.09

Funny Apple ...

Ora bem ... para rir um pouco e entrar em 2009 com boa disposição :)

http://www.engadget.com/2009/01/05/macbook-wheel-revealed-by-the-onion-news-network/

Notem os comentários...

Fica a dúvida quanto ao Sinal Fraco subjacente:

- Opção 1. Gozar com a Apple ?

- Opção 2. PCs sem teclado ?

Aceitam-se votos :)

Abraço e votos de 2009 com boas tendências :)

3.1.09

Maraaaaaaaavilhaaaaaa


Divirtam-se, há tops para todos os gostos


desde as melhores descobertas científicas, às gaffes de campanha eleitoral, passando por músicas, gadjets, escândalos, colapsos financeiros... A explorar!